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Erros que cometi aprendendo a velejar e você pode evitar

    Aqui relato alguns erros que cometi neste aprendizado. Com certeza cometerei outros, mas espero errar cada vez menos. O engraçado que quando em instrução, devidamente acompanhado pelo instrutor, nada de grave acontecia, mas cada vez que fiz uma saída sozinho, algo aconteceu...  Espero que com esta parte do site, vocês aprendam a respeitar o veleiro do mesmo jeito que hoje estou respeitando, e que tentem pelo menos evitar os erros que cometi. Vamos velejar "sim", mas o mais seguro possível!

Erros que você pode evitar

atropelando o cabo de uma bóia:

- repare na bóia de ancoragem amarela no lado direito, que prendia outro barco que aparece na esquerda da foto, passei perto desta bóia algumas vezes e nada de errado tinha acontecido, até que a Bolina do veleiro ficou presa no cabo.

- pela posição do vento você pode imaginar o que aconteceu, fui jogado para cima do outro barco, tendo minha vela enroscado nele. Levei algum tempo para folgar a vela, e mais tempo ainda para decidir subir a Bolina.

Após subir a Bolina ainda fiquei enroscado pelo leme, que estava travado na posição abaixado e não conseguia destravar.

Em um alivio do vento, o leme soltou e voltei a navegar em frente.

 

O QUE APRENDI: evite passar perto destas bóias, o cabo pode estar esticado e estar mais raso do que sua Bolina ou Leme.

 

cana do leme por cima do cabo traveler:

tinha acabado de colocar a cana do leme no leme e travá-la, e não prestei atenção que ela tinha ficado por cima do cabo.

Até saí velejando, e minha sorte foi ter parado logo a frente para baixar a bolina e baixar o leme que estavam levantados, ai percebi o meu erro e consertei.

Se tivesse dado um bordo ou jaibe, seria capotagem na certa.

 

O QUE APRENDI: dupla checagem antes de embarcar e sair velejando, é muito mais importante que se imagina.

 

laço que soltou-se:

estava treinando e fotografando o laço do top (para este site) e acabei montando tudo e sai velejar com ele, pela foto até aparente estar ok e bem firme, mas ESTE nó ai, se soltou, e só não tive grandes problemas por que minha vela está muito justa no mastro e mesmo tendo descido um pouco, consegui retornar em segurança.

 

O QUE APRENDI: não subestime os nós, eles são importantes e aprenda como fazê-los direito e firmes.

faltou nó de parada no cabo da escota:

coloquei o cabo da escota na roldana central e continuei montando o veleiro, fui para água, trimei ele para a saída, sai, parei para baixar bolina e leme, e fui velejar...

num jaibe mais violento, o cabo se soltou de minha mão, passou todo ele pela roldana e lá se foi ele veleiro afora...

minha sorte é que virei o leme fazendo com que o barco se alinhasse com o vento, o que fez com que o cabo ficasse novamente ao meu alcance e o barco parasse.

 

O QUE APRENDI: a importância dos nós de parada só aparece quando você precisa deles. Muita atenção com eles.

o Barco fica preso por algas:

numa aventura na represa de Guarapiranga, onde decidi contornar uma das ilhas, fiz o trajeto todo com bom vento, e muito rápido, até que ao lado sul da ilha, o barco deu uma freada...  minha popa estava estranhamente erguida..  comecei a procurar o que estava acontecendo, o leme já não obedecia direito, estava indo para a direita mesmo comandando o leme para ir para esquerda. Aí vi na água um tufo de algas: tinha ficado com um tufo de algas preso na Bolina e Leme. Retirei a Bolina e coloquei novamente e o barco deu uma melhorada, mas ainda tinha muita algas presas no leme e eu não conseguia soltar o cabo que mantinha o leme abaixado... e com isto levei uns 20 minutos para conseguir soltar toda as algas dele... após isto o veleiro voltou a velejar normalmente.

 

O QUE APRENDI:

- antes de sair, primeiramente deve-se perguntar dos perigos de onde se vai navegar. Eu poderia ter evitado todo este problema, pois com certeza deve ser conhecido o problema de algas no lado Sul da represa de Guarapiranga/SP.

- segundo, deve-se estar com o equipamento 100%, não é aceitável eu ter baixado o leme, e ter travado com um nó que eu mesmo não conseguiria soltar...  mais uma vez conhecer os nós e como solta-los é muito importante para sua segurança, principalmente em uma emergência.

 

queimadura pelo sol:

terminei de montar o veleiro e era aproximadamente 11:30 da manhã... e eu muito ansioso para entrar na água e ir velejar, e esqueci do protetor solar... e de meu boné também...

Moral da história: volto 90 minutos depois, cansado e muito queimado pelo sol, a previsão disse que neste dia tinha chegado a 34 ºC.... não consegui mais velejar a tarde, porque minha cara ardia...  minha perna ardia...

 

O QUE APRENDI: domine sua ansiedade...  sua segurança e "conforto" em 1º lugar, utilizar protetor e um boné, é mais que obrigatório em dias de muito e pouco sol também.

 

Bolina fica presa no Burro:

 

preparei o barco para sair, alinhado ao vento mas coloquei a Bolina mais alta que os cabos do Burro..  Quando alinhei o veleiro para o rumo de saída, a retranca tentou passar de lado e não conseguiu por que os cabos do burro prenderam na bolina... o barco não capotou ali no raso e antes de velejar por muito pouco...

 

O QUE APRENDI: preparar sua saída é muito importante, verificar o lado do vento e antecipar o que acontecerá é no mínimo obrigatório.

Cabo estranho entrando na roldana central:

 

veja o cabo de regulagem da vela na retranca, está sobrando um monte e após passar pela trava, cai para dentro do barco o restante.

 

veja a roldana central, acredite, o cabo vermelho em questão andava solto pelo meio do veleiro, e em um jibe, me dei conta da escota travada, não vinha, o cabo vermelho, não sei como tinha também entrado na roldana central...

 

O QUE APRENDI: deve fazer parte de sua checagem, verificar se as sobras dos cabos não estão soltos pelo convés, podendo vocês se enroscar ou ser enroscado por eles. Fixe-os para nada ficar passeando pelo barco!

cabo não soltava da trava:

veja o cabo vermelho, extensão do cabo da esteira da vela na retranca, preso no mordedor...  passei uma de minhas primeiras velejadas brigando com ele...  não conseguia soltar o cabo da trava...  acreditem: era porque estava puxando do lado errado...

O QUE APRENDI: entender como as travas e mordedores funcionam é importante, foi uma falha de aprendiz, mas que podia ter sido evitada. Não sabem como funciona: perguntem, testem antes de ir para água!!

após retornar de uma velejada, soltei o encaixe cri-cri que une a roldana do traveler x escota, puxei o cabo da escota não deixando nenhum cabo arrastando no chão e deixei a vela panejando livre ao vento. O meu objetivo era deixar o veleiro ali até almoçar e retornar algum tempo depois. Estava certo meu plano para deixar o veleiro ali? NÃO, o vento virou 360o graus em duas horas, o tempo que levei para voltar, e o cabo de segurança que prende o mastro no barco também girou, e com a força exercida pelo vento, acabou arrancando o fixador do veleiro....

O QUE APRENDI: tudo tem que ser previsto mesmo! Nunca poderia imaginar que em duas horas o vento rondaria 360o graus e isto acabou acontecendo. Também pude ver que com a força do vento ninguém pode, vide que provocou a "1º quebra" de meu veleiro.

preocupado em planejar detalhadamente uma saída, onde estaria com minhas duas filhas, orientei-as onde ficar, cuidado com a retranca, etc. Estudei o vento, e a direção que iria no início da velejada. Tudo pronto, filhas a bordo, dei um embalo imediatamente subindo no veleiro e lá vamos nós....  Cacei o cabo da escota para dar velocidade e nada.... isto já a uns 20 metros da rampa...  "tinha esquecido de conectar o cri-cri que une as roldanas do traveller x escota...  lá estava eu, sendo levado pelo vento, com minhas duas filhas a bordo e sem controle da vela...

O QUE APRENDI: não ache que está tudo certo, crie rotinas para fazer uma pré-checagem antes de iniciar a velejada, mesmo que mentalmente e antes de iniciá-la, confira se repassou tudo mesmo.

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