Rizando a vela
Rizar é a
técnica de reduzir a vela. Esta é uma operação
prática se o barco estiver em condição de ventos muito fortes.
Você tem a opção de ajustar a área vélica para as
condições do vento, basicamente encolhe-se a vela,
ajustando e fixando o excedente na retranca.
Rizando a vela |
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Fiquei
impressionado em um dia que eu estava tendo aula e
saímos com dois Dingues, eu com a "vela grande" e outro
colega com a "vela rizada". O vento estava de médio
para forte e para minha surpresa, em uma velejada
mais longa, meu colega me deixou para atrás usando a
"vela rizada". Tem mais coisas para se aprender
sobre o assunto e aqui estou dando os os primeiros
passos, aprendendo como rizar a vela.
Veja:
aqui temos uma vela tradicional, mas com as
forras de rizo, para rizar quando necessário.
observe: normalmente as vela originais dos
Dingues não tem esta opção, sendo que você
terá que mandar fazer uma vela e pedir isto
como opcional. |
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observe os detalhes das "forras de rizo",
principalmente o próximo da esteira, que tem
uma cabo extra, que será utilizado para
esticar a vela, ou seja: sua esteira ficará
fixa após a operação de rizar a vela. |
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detalhe do ilhós com o cabo para rizar.
basicamente ficam aí, presos por nós de
parada em cada lado. Também reparem o
detalhe do reforço onde está o ilhós. |
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abaixe a vela, próximo do mastro, até o rizo,
e fixe com um nó direito. |
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agora antes de fixar o rizo da esteira,
utilize o cabo extra, para esticar a
"esteira" no nível em que a vela ficará
rizada. |
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a sobra da vela, você deve enrolar,
ninguém vai querer está sobra batendo... |
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agora sim:
- esteira esticada e fixa (você
não terá controle algum dela, pelo menos no
sistema utilizado neste Dingue)
- fixamos o rizo, prendendo a sobra da
vela enrolada. |
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por último o rizo do meio,
também fixando a sobra de vela enrolada,
utilizando mais uma vez um nó direito. |
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tudo pronto, temos uma vela rizada!
observe que após os rizos estarem todos
fixados, ainda esticamos a vela para cima.
também observe que a retranca fica "bem
mais" alta, por que as "forras de rizos" não são
paralelos à retranca, e sim ao shape da
vela.
uma redução
de área nesta vela, segundo nossos cálculos, de
uns 25%, que farão muito diferença em ventos
muito fortes.
observações:
- você poderia ter mais de uma linha de
"forras de rizo"
na mesma vela, nesta vela do exemplo havia
somente uma linha.
- para ter uma vela assim, ela estará
fora das normas de regata da classe Dingue,
seria uma vela de cruzeiro com a testa bem
mais larga do que o normal, material mais
macio, para facilitar tanto o rizo como
baixar e subir a vela.
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Este tipo de vela vem sendo utilizada
principalmente em escolas de vela como a Dick Sail, da represa Guarapiranga em São Paulo, o
qual agradeço o Richard, seu proprietário que
me mostrou como o sistema funciona e me
passou as dicas que repasso a todos aqui. |
Dica enviada pelo Dingueiro Ivan Bezerra/PE
em abril/2009:
Estava vendo a seção de "rizando a vela" e
lá diz que só é preciso uma vela especial (
com a manga mais larga) para tal fim, seria
o ideal.
Entretanto existe uma forma de contorna isto
para rizar uma vela comum de Dingue, veja
como:
1 - Quando colocar o mastro na vela e
amarrar , dê duas voltas com o pano da vela
no mastro, isto fará que a área vélica
disponível se torne menor.
2 - Com essas voltas ela não tem como
desenrolar e aí é só continuar com o
procedimento para colocação da retranca. A
diferença é que o ângulo da retranca ficara
menor, ou seja, mais levantada.
É um bizu importante para quem for velejar
em ventos fortes.... |
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